Bilhões de dólares de um lado, frações de centavos do outro. No meio, uma plataforma descentralizada, destinada a mudar o mundo das micro transações. Num mundo, onde alguns centavos podem separar a esperança da pobreza, o que é tão único sobre uma plataforma chamada Stellar?
O fracasso de um plano é um ímpeto para o próximo a vir. Em 2014, quando a bolsa de criptomoeda Mt. Gox faliu após o roubo de centenas de milhares de bitcoins, o co-fundador Jed McCaleb já tinha um plano para uma plataforma de código aberto chamada Stellar, lançada três meses depois, em 31 de julho de 2014.
O token da plataforma descentralizada é chamado lumen, também conhecido como XLM. No dia do lançamento, uma quantidade incrível de 100 bilhões de tokens foi liberada. 25% deste montante é mantido pela Stellar Development Foundation, uma organização responsável pela operação e promoção do sistema.
Pequenas taxas = lutar contra a pobreza?
A organização acima age, mas não apenas, como um guarda-chuva para um dos principais esforços da Stellar, lutar contra a pobreza. A Stellar Development Foundation está trabalhando na implementação de um sistema de microcrédito na Nigéria, um país de terceiro mundo no qual a grande maioria da população local não pode pagar pelos serviços bancários tradicionais.
A Stellar Development Foundation está ampliando seu escopo de atividades para outros países subdesenvolvidos, como Filipinas, Índia e alguns países da África Ocidental. Em cada um dos países, a implementação de tal sistema seria um passo revolucionário no combate à pobreza.
A maioria da população dos países mencionados não consegue abrir uma conta bancária e, mesmo que pudesse, as taxas de transação seriam muito altas. A Stellar contorna este problema com baixas taxas de transação, em torno de 0,00001 lumen. Conforme a taxa de câmbio atual (USD 0,295712, em 5 de junho de 2018), é uma quantia insignificante, cerca de R$ 1,21.
A baixa taxa de transação também é uma proteção eficiente contra a sobrecarregem da rede com concorrência desleal. Todas as transações estão disponíveis apenas para indivíduos com pelo menos 20 lumens. Isso funciona como uma barreira contra os “spammers” que tentam sobrecarregar a rede através de milhões de transações de custo mínimo.
Vídeo: dinheiro sendo movido pela plataforma
Esqueça a mineração
As transações da Stellar são processadas, similarmente à maioria das outras criptomoedas, usando o poder de computacional de máquinas em todo o mundo. O principal diferencial da Stellar é sua ausência da mineração tradicional. Os Stellar Lumens não podem ser minados da mesma maneira que a bitcoin ou monero.
Ao contrário destes, os novos tokens não são uma recompensa para os blocos de mineração, mas serão liberados de acordo com o modelo inflacionário assumido no relatório. A cada ano, 1% de todos os lumens em circulação são enviados como recompensa para aqueles que recebem votos de pelo menos 0,05% dos atuais detentores de tokens.
Compra e detenção de Stellar
A capitalização de mercado da Stellar em 5 de junho de 2018 era de R$ 22,34 bilhões. Os lumens são negociados em várias bolsas, uma das quais é a conhecida Binance. Por enquanto, o lumen pode ser trocado pelas criptomoedas mais populares, como bitcoin, ethereum ou litecoin.
Para manter seus tokens seguros você pode usar a carteira oficial de hardware StellarTerm (baixe aqui), aplicativos Lobster ou Stargazer ou, uma carteira de hardware Ledger Nano S.